colunista do impresso

Não existe idade para a busca de nossos sonhos

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Quase que diariamente, lemos histórias de pessoas jovens que decidiram mudar o estilo de vida, deixando para trás emprego, casa e certa estabilidade, para se jogaram em alguma aventura. Não há dúvida de que, para largar tudo sem saber o que o futuro reserva, além ter coragem, é preciso ser uma pessoa que tem mais o coração no comando de suas ações do que a razão, postura mais facilmente encontrada nos jovens. Por isso, minha surpresa quando li a história de Michael e Debbie Campbell, casal norte-americano que morava em Seattle, nos Estados Unidos, ele com 72 anos e a esposa com 62 anos. Eles venderam todo o patrimônio para viajar pelo mundo, com o objetivo de conhecer e explorar outras culturas.

A surpresa vem do fato de que, de regra, as pessoas com mais idade são mais conservadoras e têm mais dificuldade para se adaptar às mudanças, principalmente se elas implicam em mudar a rotina e abrir mão do conforto. Pois, o casal norte-americano deixou tudo para trás e foi em busca de um sonho. A nova jornada iniciou em 2012 e eles não têm a intenção de parar. Dizem que a vida está apenas começando e eles têm muito para conhecer e aprender. Suas palavras: "Estamos vivendo de forma intensa, muito diferente de como vivíamos. Nossas escolhas, quando mais jovens, sempre foram pelo caminho mais conhecido, mais estável, com menos incertezas e surpresas. Poderíamos ter escolhido viver nossos últimos anos de vida no conforto da nossa casa, apenas imaginando como seria o mundo lá fora, mas optamos por ouvir os nossos corações, colocar o pé na estrada e ir em busca de nossos sonhos e pela primeira vez nos sentimos livres".

Lendo essa história, lembrei de uma parte da música: Milhões de Anos Atrás, da Adele, que diz: "Quando eu era jovem, a vida era uma festa a ser curtida. Eu só queria me divertir, aprendendo a voar, aprendendo a correr. Uma época em que deixei meu coração escolher o caminho". No entanto, o casal norte-americano mostra que não apenas os jovens podem curtir a vida ou deixar o coração indicar o caminho.

Michael e Debbie dão exemplo de determinação, disciplina, desapego e ousadia, deixaram suas zonas de conforto e foram em busca de novas vivências, mostrando que as experiências adquiridas são mais importantes do que qualquer bem material acumulado. Uma mudança dessa magnitude, não deixa de ser um exercício para o autoconhecimento, uma vez que, a vida nômade exige maior capacidade de adaptação e um olhar diferenciado do mundo, com mais desprendimento, simplicidade e bom humor.

Essa história é uma demonstração clara de que a idade não é empecilho para a busca de um objetivo. Outro exemplo a ser citado é o grande número de idosos frequentando academias e universidades. É a vida mostrando que nunca é tarde para buscarmos nossos sonhos. Nunca é tarde para recomeçar. 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Otimismo por opção! Trabalho criativo como solução! Anterior

Otimismo por opção! Trabalho criativo como solução!

'Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia' Próximo

'Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia'

Colunistas do Impresso